
O comercial foi inteiramente produzido por estudantes da Academia de Cinema de Ludwigsburg para trabalho de conclusão de curso, mas a marca só o deixou ir ao ar se estivesse muito claro que a peça não tem relação direta nenhuma com a Mercedes. A responsabilidade é então de Tobias Haase, Lydia Lohse, Jan Mettler e Gun Aydemir.
A história se passa em um cinzento e pequeno vilarejo na Áustria, no ano de 1890. Cenas de fazendeiros, donas de casa e crianças brincando na rua tomam conta da tela, até um moderníssimo carro da Mercedes passar pela vila. Quando o carro se aproxima das crianças, ele para automaticamente, comandado por sua tecnologia de prevenção de colisões (já disponível em diversos modelos no mercado e aqui representada através do Classe C). Em outras palavras: essa tecnologia prevê problemas e possíveis acidentes e reage por si só.
Um garotinho moreno (e feliz) aparece brincando, quando o carro se aproxima e não reduz a velocidade, atropelando e matando-o. A mãe assiste a cena e corre atrás do filho após gritar “Oh, Adolf!”, dando a entender que o garoto morto seria Hitler. O carro foge da vila e uma placa com nome de “Braunau am Inn”, cidade de nascença de Hitler, toma conta da visão do telespectador, seguida de uma frase perturbadora: “Mercedes Benz – sistema de freio automático – detectando perigos antes que eles aconteçam”.
Quando perguntada sobre o comercial, a marca de carros disse somente que achou o “conteúdo inapropriado”. Já Tobias, diretor do filme, disse que “a Mercedes vende seus carros com tecnologias inteligentes que previnem acidentes – nós queríamos propôr a ideia do que aconteceria caso a tecnologia tivesse alma”. Um blogueiro da matéria do jornal alemão Der Spiegel comentou que ”a Mercedes deveria agradecer pela publicidade gratuita, ao invés de reclamar do conteúdo”.
Confira aí: